O Rio em movimento

Começam hoje os jogos pan-americanos aqui no Rio de Janeiro. Meu filho, de 3 anos, veio me perguntar o que era "um pan". Eu expliquei pra ele, mas continuou sem entender. Achou que pan fosse o solzinho Cauê e ainda persiste nessa idéia. Já minha filha, maiorzinha, quis que eu a levasse pra todos os campeonatos de ginástica artística, mas foi difícil explicar que os ingressos já esgotaram. Você já deve ter imaginado o caos que ficou aqui em casa por conta da confusão na cabeça das crianças.

Só com um evento como esse vemos mobilidade no Rio de Janeiro.
Afinal, não é pra pouco que o orçamento fechado em R$ 523,84 milhões, extrapolou e atingiu R$ 2,847 bilhões chegando a uma inflação de 444%. Porém, a venda dos ingressos atingiu nas 6 primeiras horas, 40 mil vendidos, o que contou com o esgotamento das finais de vôlei masculino, natação, futsal e vôlei de praia. No dia que os ingressos foram liberados, depois das 6 horas da manhã, atingiu-se uma média de 4 ingressos por segundo. Agora imagina só se todos esses números fosse somados nos dias convencionais, longe de pan e mais perto do cotidiano. Levantaríamos das poltronas e resolveríamos os problemas que afetam a "cidade maravilhosa" num piscar de olhos.


Podemos agora contar com a benção de uma das 7 maravilhas do mundo contemporâneo, apesar de eu não concordar muito. Pra mim o conceito de maravilha não condiz com a beleza do Cristo Redentor, e sim com seu contexto. O fato de estar no alto do Rio de Janeiro sim, é uma maravilha, já que levo em conta duas coisas: o Rio agora tem mais um motivo pra se orgulhar e os jogos pan-americanos serão abençoados de lá de cima!

Até mais!